terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O Nosso Caminho Quaresmal


A Sagrada escritura, em vários lugares faz menção das duas estradas do homem (Cf. Salmo 1). Santa Faustina diz-nos no seu "Diário": " Certo dia, vi duas estradas: Uma larga, atapetada de areia e flores, plena de festa e de música e de toda a espécie de prazeres. As pessoas iam caminhando ao longo dela, a dançar e divertindo-se. E assim acabavam por chegar ao seu termo, sem se aperceberem disso. No final desse caminho havia um tremendo precipício - o abismo do Inferno. E as almas caíam às cegas na voragem desse abismo; à medida que iam andando assim tombavam. e o seu número era tão vasto que não era possível contá-las.

E avistei uma outra estrada, ou antes uma vereda estreita, cheia de espinhos e pedregosa, por onde as pessoas seguiam de lágrimas nos olhos e sofrendo toda a variedade de dores. Umas tropeçavam e caíam por cima dessas pedras, mas logo se levantavam e lá continuavam a avançar.

No fim desse caminho havia um magnífico jardim repleto de todos os tipos de felicidade e era para aí que entravam todas essas almas. E era logo, mesmo a partir desse imediato momento, que já se esqueciam de todos os seus sofrimentos."(Diário 153)

Esse caminho estreito do qual Santa Faustina fala, já era dito claramente por Nosso Senhor Jesus Cristo no Evangelho:
" Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita porém é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram". (Mt 7,13-14).

A Escritura Sagrada e a Tradição da Igreja definiram como elementos essenciais desse caminho estreito cristão, que de modo especial se enfatizam na Quaresma, três elementos: a oração, o jejum e a misericórdia. Dizia São Pedro Crisólogo: "Há três coisas, irmãos, pelas quais se confirma a fé, se fortalece a devoção e se mantém a virtude: a oração, o jejum e a misericórdia. Três coisas que são uma só e se vivificam mutuamente. O jejum é a alma da oração, e a misericódia é a vida do jejum. Ninguém tente dividi-las, porque são inseparáveis. Quem pratica apenas uma das três, ou não as pratica todas simultaneamente, na realidade não pratica nenhuma delas....

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